O OnlyFans é uma rede social que surgiu no Reino Unido em 2016 e até o momento já faturou mais de 5 bilhões de dólares. A maior parte deste faturamento se deve a rede permitir a postagem de conteúdo sexual +18.
Recentemente fomos surpreendidos com a notícia publicada no site da revista Variety de que a partir de 1° de outubro de 2021 o OnlyFans vai passar a proibir conteúdo explícito na plataforma.
O que parecia ser um boato foi confirmado pelo OnlyFans em um email enviado para os criadores de conteúdo.
Neste artigo iremos discutir o que sabemos até agora e esclarecer o porquê de tudo isso não ser motivo para pânico. Mas antes, vamos partir do princípio:
Matéria na revista Variety
De acordo com a revista Variety, “OnlyFans proibirá a publicação de qualquer conteúdo que contenha conduta sexualmente explícita” e vai fazer isso para “para atender às solicitações de nossos parceiros bancários e provedores de pagamentos”.
A matéria ainda cita que a nudez vai continuar sendo permitida, “desde que seja consistente com nossa Política de Uso Aceitável”. Você pode ler a matéria completa clicando aqui.
Email OnlyFans
Um dia depois da publicação mencionada acima, os criadores de conteúdo receberam um e-mail que confirmava o que a matéria da Variety dizia.
Abaixo um print do email seguido de sua traduçao:
Tradução:
Caro criador do OnlyFans,
Este e-mail é para notificá-lo sobre as alterações em nossa Política de uso aceitável, que entrará em vigor a partir de 1º de outubro de 2021.
A nova política proibirá a publicação de qualquer novo conteúdo que contenha conduta sexualmente explícita. Conteúdo que contenha nudez continuará a ser permitido, desde que seja consistente com a política.
O conteúdo existente que não atende aos padrões da nova política precisará ser removido antes de 1º de dezembro de 2021.
Nossa intenção é que a política seja implementada de acordo com as datas acima, mas podemos precisar alterar uma ou mais das datas conforme as circunstâncias exigirem.
Aqui está um link para a nova Política de Uso Aceitável – https://www.onlyfans.com/aup
Por que a política teve que mudar?
Devido ao tamanho e ao rápido crescimento da plataforma OnlyFans, onde os criadores ganharam mais de $ 5 bilhões de dólares desde o início, devemos confiar cada vez mais em grandes instituições bancárias e processadores de pagamento para facilitar os pagamentos entre fãs e criadores. As novas regras são necessárias para cumprir os requisitos dessas instituições financeiras e são a única forma de ajudar a garantir a sustentabilidade a longo prazo do OnlyFans.
OnlyFans foi fundado como uma casa diversificada e inclusiva para todos os criadores de conteúdo e mantemos nosso compromisso com essa missão. Continuaremos a apoiar e orientar todos os criadores durante essas mudanças necessárias, garantindo que todos os criadores tenham uma casa em nossa plataforma.
Esperamos continuar a fornecer uma plataforma inovadora para nossa comunidade diversificada de criadores.
Obrigado,
OnlyFans Team
Caso queira ler os termos de uso para saber tudo sobre as mudanças que passaram a valer a partir de 1° de Outubro, você pode acessá-las por aqui.
E agora, devo migrar para outra plataforma?
Como sabemos, não é de hoje que os bancos têm políticas contrárias a sex workers e muitas vezes chegam a fechar suas contas.
Mas o que é no mínimo estranho é que depois de reunir mais de 130 milhões de usuários, dos quais a maioria é consumidor de conteúdo adulto, a empresa simplesmente mudar suas diretrizes.
O OnlyFans quer se tornar mainstream e realmente está disposto a abrir mão de tudo que trouxe a empresa até aqui? Desde o início eles usaram o mercado +18 apenas como um degrau?
Claro que não temos estas respostas e só o tempo vai poder dizer. A pergunta que fica é: o OnlyFans realmente vai conseguir se sustentar? Pois não há dúvidas de que se os criadores de conteúdo migrarem para outra plataforma, os fãs com toda certeza os seguirão.
Como dissemos no início do texto, não há motivos para pânico. O OnlyFans foi e continua sendo uma rede inovadora mas não é a única. Já existem muitas alternativas, como por exemplo a Just For Fans, que é uma rede construída por sex workers e feita para sex workers, a Fansly que é outra concorrente que vem crescendo muito, até mesmo a brasileira Privacy que já falamos aqui em outro texto.
Então o que não falta é plataforma para você continuar monetizando seu trabalho. O próprio Tyga, que foi motivo de notícias por toda a web por conta do conteúdo explícito que vinha criando, fechou sua conta no OnlyFans e anúnciou que vai lançar sua própria plataforma, a MyyStar.
De acordo com um post em seu Instagram, a MyyStar terá taxa de 10% (menor que a cobrada pelo OnlyFans, que é de 20%), e também irá aceitar pagamento em criptomoedas.
Então sim, acreditamos que é necessário se atentar a estas plataformas e já criar conta em algumas. Mas não, não precisa se desesperar e fechar sua conta do OnlyFans. Principalmente se você já fatura por lá.
Lembrando que você tem até 1° de dezembro para adequar o conteúdo às novas regras. Até lá pode ser que tenhamos mais atualizações.
O que aprendemos com tudo isso?
Como não cansamos de repetir aqui na agência, você deve focar no que é mais importante e de fato tem valor real: seus fãs, sua audiência.
Se você tiver uma boa relação com o seu fã, ele irá com você pra onde você for.
Já ouviu pessoas perguntando o “porque tem gente que compra nudes ou paga pra ver conteúdo porn se tem aos montes de graça na internet?”. O que essas pessoas não entendem é que não são apenas fotos ou vídeos. É a experiência e também a exclusividade.
Se você proporciona uma boa experiência para seu fã, não importa em qual plataforma ele vai estar, desde que seja exclusivamente você.
A única certeza que temos é de que as coisas sempre irão mudar. Isso faz parte, a vida é assim. E ao invés de ficarmos negando, precisamos sempre pensar em como podemos tirar proveito destas situações.
Pode ser que ainda não esteja claro, mas no final tudo ficará bem, pois é assim que funciona.
E você, o que está achando disso tudo? Responda aqui nos comentários, vamos adorar saber.
